segunda-feira, 15 de março de 2010

Verde é a noite ...

"Caminhamos por uma vereda exposta á radiação solar em plena floresta pantanosa . O sol brilha escaldante e impiedoso .
Nunca o calor e o ar estagnado foram tão atrozes . Não consigo compreender como há gente capaz de viver a vida inteira nestas paragens verdes , ardentes e húmidas . Caiena não pode ser pior ! A cabeça dói e lateja devido ao intenso calor, e provavelmente uma febre também se insinua no corpo. A tarde arrasta-se sufocante , agora que o Sol se pôs .
Nem uma folha bole , o calor já não brota do chão como durante o dia , antes avança palpavelmente á medida que a noite avança . A camisola cola-se-me ao corpo . O suor escorre-me da testa para os olhos . Negras e imóveis, brilham nos buracos do caminho , as águas estagnadas. Os mosquitos dançam e zumbem em redor dos nossos ouvidos. Levo as mãos ás fontes latejantes , o pulso torna-se pesado e mortiço, como o cair da noite nos trópicos . " ( K.Helbig)


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