terça-feira, 17 de março de 2009

Brincos de princesa II

As três fotos acima são de um exemplar de Fuchsia magellanica . Trata-se de uma espécie com flor mais pequenina , comprida e muito estreitinha , sobretudo se a formos comparar com com os belos exemplares de fuchsias hibridos . Embora a sua flor seja mais discreta , torna-se um arbusto que no conjunto atrai o olhar devido á quantidade de flores que abrem ao mesmo tempo.

Os F. magellanica são originários do Chile e Argentina .

quinta-feira, 12 de março de 2009

Brincos - de - princesa

Existem cerca de 100 espécies destas bonitas plantas de cachos suspensos e coloridos , para não falar nos milhares de híbridos e cultivares que invadiram os mercados nos últimos anos.

São na sua maioria árvores de pequeno porte e arbustos trepadores ou de crescimento expansivo . Alguns são arbustos perenes outros deciduos , com folhas opostas ou alternadas , consoante as espécies . As suas flores crescem a partir das axilas das folhas ou nos terminais dos ramos e são na sua maioria de forma tubular e pendente .

Pertencem á família botânica das Onagraceae e quase todas as espécies chegam-nos dos mais variados locais dentro das Américas Central e do Sul , com apenas 4 espécies da Nova Zelândia e 1 do Tahiti .

No seu habitat natural estas plantas são geralmente polinizadas por beija-flores .

A maioria das espécies americanas de flores grandes habitam áreas de elevada pluviosidade , e crescem em alguns locais como epífetas ou por entre as florestas de líquenes

Alguns cultivares são de forma dobrada e as flores atingem tamanhos muito atractivos que a tornam uma das plantas preferidas para ornamentar os jardins .

Cultivo : A maioria destas plantas não resiste á geada e , até mesmo as espécies que são mais resistentes , dificilmente suportarão um Inverno rigoroso . Um bom truque será construir uma protecção com algumas estacas e um saco de plástico transparente .

  • Consoante as espécies , preferem sol directo ou sombra ligeira , num solo fértil e bem drenado .

É de ter em conta que o nosso clima é muito quente e seco no Verão , por isso , cuidado com aqueles dias de calor mais intenso .

Por outro lado , caso os coloque demasiado á sombra ficarão mais susceptíveis ao desenvolvimento de problemas fúngicos , como por exemplo oídeo .

  • A maneira mais fácil de propagar os brincos-de-princesa , é através de estacas herbáceas na Primavera ou então estacas semi-lenhosas no Verão . Também dá por sementes , embora , a taxa de sucesso seja mais baixa .

No final do Inverno , corte os ramos velhos e fracos para harmonizar a forma da planta e facilitar o crescimento de novos rebentos .

segunda-feira, 9 de março de 2009

Elos invisiveis

O que acontece quando começamos a ler , a ver documentários e a estudar determinadas matérias é que se descobrem num mar de coisas aparentemente isoladas , uma infinitude de elos invisivéis e um universo , que mais parece uma sequência de peças de dominó para derrubar . Falha uma peça e lá se vai o efeito final . Cheguei á conclusão , que afinal nada é independente de nada , tudo acarreta uma consequência . Senão vejamos : como é que o derreter do gelo nos pólos vai provocar uma alteração climática , hum ... á partida não vemos ligação nenhuma , mas ela está lá ... um elo invisível ... mas bem presente no futuro de todos nós .

Ainda há pouco via eu um documentário acerca da aquacultura e fiquei a saber que o excesso de pesca de sardinha nas costas de África está a provocar um aumento de planctôn nessa área , pois este é o principal alimento das sardinhas. Tudo estava bem se ... esse planctôn ao morrer não fosse aumentar a percentagem de gases metano e sulfeto de hidrogénio acumulados no leito do mar . Esse sulfeto em meio aquoso torna-se ácido sulfidríco , um ácido com um cheiro nauseabundo a ovos podres . A pressão gerada pela quantidade de água no oceano , age como rolha e prende esses gases bem lá no fundo mas basta haver um sistema de baixas pressões , como aqueles que causam as chuvas no deserto que lá se vai o efeito rolha que a água exerce sobre o leito do oceano e todo aquele gás é libertado ao mesmo tempo ... resultado : milhares de peixes mortos . Sendo que isto é uma explicação a modos que grosseira para algo por demais complexo , a conclusão é : matas uma sardinha e morrem milhares de várias espécies .

Elo invisivel ...ou efeito borboleta como gostam de dizer os cientistas ...nomeadamente Eduard Lorenz .
Em poucas palavras , o efeito borboleta refere que factores aparentemente insignificantes , como o bater das asas de uma borboleta , poderá , com o tempo e uma sucessão de acontecimentos , originar um furação.
Na minha perspectiva este , aparentemente exagerado exemplo , é no fundo uma metáfora que nos diz que tudo quanto fazemos hoje se reflectirá no amanhã . A crescente poluição , as alterações climáticas , o desaparecimento de espécies , tudo começa com pequenos factores ...aparentemente insignificantes .